quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cicatrizes da vida

Um menino tinha uma cicatriz no rosto e as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado; na realidade, quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido a cicatriz ser muito feia.
Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio.
O professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Que não poderia tirar o menino do colégio e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula e o primeiro a sair. Desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhasse para trás.
O professor achou magnífica a idéia da diretoria; sabia que os alunos não olhariam mais para trás.
Levada ao conhecimento do menino a decisão, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição:
Que ele comparecesse na frente dos alunos em sala de aula para dizer o porquê daquela CICATRIZ.
A turma concordou e, no dia, o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
-Sabe, turma, eu entendo vocês; na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa passava roupa para fora; eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou:
Além de mim, havia mais 3 irmãozinhos: um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala. ...
Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo; minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça e as paredes que eram de madeiras pegavam fogo e estava muito quente....
Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas.
Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali não a deixaram buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar: 'minha filhinha esta lá dentro'!
Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
Foi aí que decidi...
Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí entre as pessoas e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.
Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
Neste momento, vi caindo alguma coisa; então me joguei em cima dela para protegê-la e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada; então o menino continuou:
Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, beija porque sabe que é marca de AMOR.
Para você que leu esta história, queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZES.
Não falo da CICATRIZ visível, mas da cicatriz que não se vê, estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações.


Texto enviado por Lydia .

Vamos refletir?

9 comentários:

  1. Esse texto é um 'tapa na cara' hein!
    Muito bom! Pra refletir mesmo...

    ( tadinho do menino..... )

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  2. Que história emocionante e nos leva a refletir que não devemos julgar,criticar ou excluir as pessoas por sua aparência, pois desconhecemos as causas. Parabéns
    Um gande abraço

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  3. Este texto me lembrou do "bullying"que está ocorrendo em inúmeras escolas, é preciso urgente uma prática de conscientização e humanitarismo.
    Bjs
    Janeisa

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  4. TÁ CONVIDADA:

    http://novaquahog.blogspot.com/2010/05/os-caloteiros-ja-eram.html

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  5. É por isso que eu exponho as minhs cicatrizes pro mundo inteiro ver - quem não gostar, que não olhe! Elas fzem parte de mim e eu não vou esconder nada só pra satisfazer a falta de amor de ninguém. :-P Excelente história! Bjo, bom finde!

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  6. historia chata e mal escrita

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  7. você acredita que o mundo pode mudar?
    esta enganada, o mundo so ira piorar, esta nas escrituras.
    eu fico alegre por isso.
    quem sabe um dia vc entada o porque.

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  8. caelo-barboza Que pena que seu perfil é indisponível =/ Queria visitar seu blog para comentar.
    Mas tudo bem.
    Se eu acredito que o mundo pode mudar? Sim!
    Pode mudar com nossas atitudes, aliás já está mudando, antes as pessoas sofriam de bullying e nada acontecia, hoje em dia se acontecer com alguém esclarecido, esta pessoa irá procurar os seus direitos (ou dos seus filhos), o texto refere-se à isso, ao preconceito, à falta de tolerância com outras pessoas por serem diferentes ou 'estarem' diferentes.
    Se o mundo piorar?? Fazer o que né?
    Eu procuro fazer minha parte, não é porque as escrituras dizem que vai piorar que eu deva cruzar os braços e ver as barbáries calada.
    Eu procuro usar as palavras e se possível o bom senso.

    Grande abraço carlo-barboza (se puder libere o perfil para que eu possa visitar seu blog =) )

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