Sobre a minha infância

Não tive os melhores brinquedos, não tive as melhores roupas da moda, nem fiz viagens ao exterior.
Não tive pais perfeitos.

Mas...

Andei de pé no chão;

Aprendi a andar de bicicleta aos seis anos (numa bicicleta Barra Forte, imensa para meu tamanho).

Tive amigos que estudaram comigo desde a primeira série (naquela cidade não havia pré-escola na minha época).

Fui representante de classe, oradora da turma, melhor aluna (às vezes nem tanto...)

Participei de torneios de voleybol, fui maratonista e ganhei algumas medalhas!

Quebrei meu braço, tornozelo e até meu dente em um tombo de bicicleta, mas sempre me levantei !

Nossa casa não era a melhor da rua nem a mais chique, mas era nela que eu me sentia segura.

Aprendi crochê e pintura em tecido.

As férias eu passava com minha avó materna, Rosa, era perfumada como tal, e como sinto saudades da minha avózinha!

Aprendi no dia a dia como é difícil conviver com um pai alcoólatra, e levei surras imensas por causa do álcool.

Frequentei igreja religiosamente todos os domingo pela manhã.

Na minha época era comum a gente ficar na rua de pé no chão, brincando de pega-pega, esconde-esconde, queimada, taco, mas a minha brincadeira preferida era jogar xadrez com minha melhor amiga, a Rosemeire. E aliás, que saudades das minhas amigas.

A Marilisa foi embora para o Japão, a Rosemeire se mudou para Sorocaba na mesma época que me mudei para São José dos Campos aos 18 anos.

Embora eu tenha vivido dias que posso julgar 'esquecíveis' por conta do trauma de infância, por ter visto meu pai maltratar tanto nossa família por causa da bebedeira...

Ainda assim, é como se somente as boas lembranças quisessem aflorar em minha memória!

Continuará em Biografia...